01 março 2013




Deslizei pelo chão, sentindo os movimentos
encurtados por conta do vestido justo.
Fiquei imóvel por segundos até que ele se
virou para mim. A voz era desesperadamente
sedutora:
– Delicioso perfume de rosas... – Numa
das mãos, bebia na taça um líquido avermelhado,
que escorria do canto de sua boca.
Suspeitei de que fosse sangue, e aquilo me
causou desconforto. Todavia, estava impactada
com a elegância dele no terno preto, a
camisa branca, a gravata-borboleta, os sapatos
pretos elegantes, o cabelo louro curto
bem aparado, a barba bem-feita, um leve
sorriso nos lábios, os olhos claros estonteantemente
azuis. Eu não podia negar que
ele era lindo, absolutamente deslumbrante.
Quem não enlouqueceria por ele? Eu não quero e
não posso. Mas meu coração estava aos pulos,
contrariando todas as minhas razões.

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